A conservação do patrimônio cultural é uma ação definida, tomada para prevenir sua destruição e preservar sua integridade. Contudo, os objetos e conjuntos patrimoniais podem deteriorar-se como uma consequência de sua própria vida, o que lhes garantem acumular características especiais que constituem a sua memória. Por tal motivo, a transferência de um objeto para a realidade museal ou o estabelecimento de um contexto museológico para o objeto ou para os conjuntos patrimoniais in situ é uma das formas para sua conservação. Isto implica na criação de premissas para a conservação desta parte do significado que se acumulou dentro ou em torno do objeto. Mas também significa a ruptura com a continuidade social e a vida ativa do objeto.
Neste sentido de preservação, a conservação dita preventiva, se torna mais adequada na salvaguarda de acervos. Prevenir ou estabilizar/interromper uma possível deterioração é mais adequado do que esperar que um dano se instale para depois removê-lo. A restauração é o último passo na conservação de um objeto. E, diferentemente do trabalho de restauração, a conservação preventiva não é invasiva, além de ser uma atividade técnica, na maioria das vezes, de baixo custo financeiro e de fácil implementação.
A investigação na área de conservação é complexa e infinita e acaba mesclando um pouco de cada área. A química, a física, a biologia e a climatologia são algumas dessas áreas envolvidas. O conhecimento da composição material que constitui um objeto, os fatores intrínsecos e extrínsecos de deterioração, os materiais inadequados e adequados usados no acondicionamento, a importância da umidade relativa e da temperatura, o estudo do local e de seu entorno e suas vulnerabilidades, assim como, a educação e a conscientização da importância da preservação é no que o estudo sobre conservação de acervos se baseia.
A Coleção de Macrofósseis, desde de 2013, vem passando por um grande processo de modernização e adequação às metodologias de preservação de coleções científicas. A partir de então, as reservas técnicas passaram por obras de infra-estrutura, de substituição dos suportes de acondicionamento e reorganização física e informacional de seu acervo.
Foram instalados arquivos compactadores deslizantes, onde, o acervo, devidamente higienizado, foi organizado em caixas apropriadas. As peças passaram por uma meticulosa avaliação sobre o seu estado de preservação e sobre as necessidades individuais de conservação. Foram retirados, por exemplo, materiais extremamente danosos, como plásticos filmes que envolviam algumas peças, criando um micro-clima desfavorável e provocando perdas irreparáveis a inúmeros exemplares (fungos e decomposição por sulfatação).
Outras medidas de conservação preventiva fazem parte da rotina, como acesso controlado de pesquisadores e usuários; manuseio e transporte orientados de acordo com a especificidade do acervo; empréstimos restritos; higienização e acondicionamento; orientação quanto às necessidades de limpeza das salas; restrição de entrada de equipamentos e materiais contaminados; restrição na entrada de alimentos e bebidas; entre outros. Já ações como controle ambiental, envolvendo adequação dos níveis de temperatura, umidade e luminosidade e reforço de medidas de segurança e sinistros, estão em fase de desenvolvimento e implementação.